sábado, 15 de outubro de 2011

Acessório Luxuoso


Diariamente da minha "janela" vejo passar lindos guarda-chuvas. É verdade que moro numa cidade com temperatura entre 38,39 graus à sombra (sendo generosa), não chove há um tempo, outubro é sofrível e faz jus à fama de mês mais quente do ano. Não conheço ninguém que adora. O desfile de guarda-chuvas acontece com uma diversidade incrível de cores e padronagens num vai e vem surpreendente. Todas as cores e texturas propagadas para o verão anunciado e quente, estão lá, em tonalidades vibrantes, resistindo bravamente sob um sol causticante.
No passeio, vejo elegante senhorinha com o seu guarda-chuva de oncinha, jovem mais clássica com o azul de bolinhas, outras mais ousadas que exibem vermelhos e amarelos fluorescentes. De repente surgem os geométricos, há também espaço para os estampados, psicodélicos, que capturam o meu olhar,  seguindo-os em transe até a esquina dobrar. Como na moda, o preto, mostra-se discreto, conduzido apenas por alguns senhores austeros. As crianças, na sua intensa alegria com seus mini guarda- chuvas de bichinhos, equilibram com anarquia, esse utensílio que na minha terra é de grande valia. Sim, aqui ele não protege apenas da chuva, quando esta por ventura se anuncia, mas, do sol incandescente que se abate impiedoso sobre o dorso de qualquer mortal que se atreva a desafiá-lo.
Na passarela, pessoas simples, a passos largos, indiferentes se os guarda-chuvas estão na cor da moda ou não. Nem desconfiam quão fashionistas são. O que importa é o sentido de tê-los à mão, que na ausência de um chapéu ou temperatura amena, tornam-se instrumento da mais sofisticada proteção. Como são chiques nesse passeio apressado, cheio de cuidados, alheios a mim que apenas reparo, como o sol da minha terra deixa tudo mais bonito na rua, alí, do lado.




O meu guarda-chuva é "vermelho Valentino", aguarda no carro, momento de ser acionado. O faço, sempre que preciso, me guarda, chique, seja qual for o meu destino.



Mademoiselle Très Chic



Voilá

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