A expressão "it girl" está na moda! Vira e mexe, aqui e ali, aparece em textos ou imagens para definir e elevar garotas do planeta ao desejado posto. Mas, o que significa ser uma it girl? Quais as qualidades necessárias? Quem teria sido a primeira garota a ser definida como tal? Rita Hayworth, Marilyn Monroe, Audrey Hepburn, Brigitte Bardot? Hum...
Vamos retroceder no tempo e chegar em 1927.
É exatamente nessa época, tempo de ouro do cinema mudo, de imagens em preto e branco, que vamos encontrar a primeira it girl da história do cinema. Seu nome:
Clara Bown; 21 anos de idade, torna-se um ícone.
Estrela do filme It, Clara Bown deslumbra a platéia com seu jeito especial e interpretação muito particular! Sua performance encantadora rende-lhe o apelido de it girl!
Mas, o que é mesmo uma it girl?
Elinor Glyn - romancista inglesa - inventou o conceito it girl. Segundo ela:
" It significa uma mistura de autoconfiança e capacidade de não se importar se você está agradando ou não; e algo que mostra que você não é de todo fria". Em outras palavras " It é uma combinação volátil de carisma, magnetismo e desinibição, ou seja: Sex Appeal! Segundo os especialistas, "Clara Bow transpirava essas qualidades, mas era também leal, ética, comovente e engraçada. É obvio que ela possuía uma sensualidade sublime - mas seu encanto era multifacetado". Parece muito vago, subjetivo? Difícil ser uma it girl?
Cartaz do filme " IT "
Olha o jeitinho da Clara, o olhar, a pose desafiadora! E o que dizer do cabelo? Do figurino? 1927, viu gente!
A transcrição parcial do texto acima, foi retirada do livro Tudo Sobre Cinema ( Editor Geral: Fhilip Kemp ) Sextante. Como sugere o título do livro, você vai fazer uma viagem espetacular sobre os primórdios do cinema até os dias atuais, e se deparar com curiosidades como esta (bem apropriada para um blog de moda), textos bem escritos e contextualizados, fotos lindas, como astros e estrelas despontaram para a fama ou sucumbiram ao anonimato, entre tantos outros temas fascinantes ( O cinema mudo, os primeiros filmes falados, a sociedade nas telas, cinema noir, o cinema como propaganda de guerra, o cinema francês, italiano, britânico...) O mais interessante é descobrir como as novas gerações de diretores ainda são influenciadas pelas gerações passadas, absorvendo e transformando todo o seu legado. Não se trata portanto, de um guia, de uma compilação de filmes e sim, de uma descoberta maravilhosa da sétima arte, experimentada, vivenciada em cada tempo, esmiuçada e refletida em todas as particularidades, seja, técnica, cultural, social ou econômica.
Quer saber mais?
Fotos: Reprodução
Editor Geral: Fhilip Kemp
Sextante
A capa já indica o que você vai encontrar!
Uma leitura que vale a pena!
Mademoiselle Très Chic
Voilà